sábado, 29 de abril de 2023

                     A população da China está caindo, sim,        

                  mas a população chinesa não!



Falando como uma curiosa, sem pretensão intelectualoide, acabei de saber que neste 30 de abril de 2023 a população da Índia ultrapassará a da China. É uma informação espantosa? Sim, é. Principalmente se considerarmos que a China é três vezes maior do que Índia, em território, embora muitos pontos sem condições de ocupação humana. Isso pouco importa. O que importa é que os Yang, Liu, Zhang, Wang, sei lá mais o que, estão diminuindo em sua terra ancestral. Sobre a Índia, posso tagarelar em outro momento. Hoje meu negócio é a China.
 
E é esse ponto que quero pensar e chamar para a conversa. A população da China está caindo, sim, mas a população chinesa não. Explico: num país de um comunismo autoritário, genocida, escravocrata, onde milhões e milhões vivem em porões, subsolos e até cavernas, as pessoas tendem a ligar o modo sobrevivência. O modo sobrevivência do chinês é fugir. Fugir da vergonha, da humilhação, da morte iminente.
 
Estive na Austrália, em Sydney, cidade bacana. Sabe quem povoa a Austrália? Os chineses! Ninguém pense que vai a Sydney e vai encontrar versões de Nicoles Kidman... Não! Lá é praticamente mezzo-mezzo: metade de olhinho puxado, metade loiro de olho azul. E não são turistas, são chineses que moram lá, que já fincaram raízes. E assim pode-se encontrar no resto do mundo, no oeste americano ou em países mais próximos à terra natal, mas onde a dignidade humana ao menos prevalece.
 
Na Austrália, por exemplo, pude observar muitos chineses ricos, vindos de lá já nessa condição. Os ricos, com a cabeça no lugar, capam o gato fácil. Os miseráveis, escapam como podem. A maioria morre tentando. A China equipara-se (falando-se aqui de chineses pensantes) a um presídio, onde o lugar dos que habitam só os faz ter um objetivo obsessivo: fugir! Escapar do inferno! Desaparecer no mundo! 
 
Ficam por lá pela China os velhos, os incapazes, os estagnados, os menos ágeis, os alienados. Afinal, quem quer viver na China, um país gestado por Mao-Tsé-Tung? E que ainda hoje seu fantasma impera? 
 
E que se aprocheguem todos. Corram! Fujam! Busquem o bem viver, busquem o seu valor, busquem a paz de espírito, que nem Buda tem dado conta. Aqui no Brasil eles abarcaram São Paulo. E há muito, quando cruzo com um chinês, faço um cumprimento discreto e respeitoso, como quem diz: bravo!